sexta-feira, outubro 13, 2006

Jornalismo

O jornalismo tem a função de informar, baseado em fatos reais que devem ser interpretados e mediados à sociedade de forma responsável, no intuito de manter a população informada dos temas do cotidiano. Para que essa possa ter conhecimento da realidade e formar a opinião pública. O jornalista deve estar atento aos temas que são de interesse da maioria e nunca esquecendo das minorias, geralmente exclusas dos meios comunicativos, por não terem acesso, seja por falta de cultura (alfabetização nos primórdios) ou alcance aos meios (novas tecnologias na atualidade).

Jornalismo é a informação de fatos correntes, devidamente interpretados e
transmitidos periodicamente à sociedade, com o objetivo de difundir conhecimento
e orientar a opinião pública, no sentido de promover o bem comum (BELTRÃO, 1960,
p. 62).


Há uma confusão entre os canais de comunicação. Confunde-se o que é jornalismo, propaganda e relações públicas pela sua proximidade no processo comunicativo. Para Jobim “[a] essência do jornalismo está no fluxo de informações da atualidade que ocorre nas páginas dos jornais (e implicitamente também nos espaços dos outras mídias)” (1960, p. 69). Celso Kelly conceitua jornalismo dando uma amplitude que inclui as três áreas. Para ele o jornalismo comporta todo o jornalismo escrito, falado, cinematográfico, radiofônico, o jornalismo pessoal e de grupo (1966, p. 70-71). José Marques de Melo concorda e discorda de Kelly, para Melo todas as mídias constituem instrumentos essenciais para o jornalismo, mas não exclusivamente. O que ele quer dizer na verdade é de que nem tudo o que está nos meios de comunicação pode ser considerado jornalismo. Ele explica que são atividades informativas diferenciadas pela forma de persuasão. A propaganda e relações públicas são atividades que pretendem persuadir o leitor, ouvinte e telespectador a uma ação. Essas duas áreas chegam a apelar ao subconsciente para alcançar seus objetivos. A propaganda quer vender um produto, a relações públicas quer vender uma imagem. As duas áreas adentram ao imaginário, enquanto que o jornalismo trabalha efetivamente o real. As características tidas como parâmetro da totalidade jornalística são: periodicidade, universalidade, atualidade e difusão (GROTH, apud MELLO, 1994, p. 14).

“O jornalismo é concebido como um processo social que se articula a partir da
relação (periódica / oportuna) entre organizações formais (editoria / emissoras)
e coletividades (públicos receptores), através de canais de difusão
(jornal / revista / rádio / televisão) que asseguram a transmissão de
informações (atuais) em função de interesses e expectativas (universos
culturais e ideológicos) (MELO, 1994, p. 14-15).
A ligação entre o receptor e o emissor se dá no conjunto de fatos do que está acontecendo. Melo ressalta que esse é o ponto de tensão entre os dois está no que “a coletividade gostaria de saber e o que a instituição jornalística que fazer saber” (MELO, 1994, p. 15).

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